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Número de infectados não importa mais, diz médico

Na tentativa de conter a gripe suína, os governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal decidiram adiar a volta às aulas em duas semanas nas escolas e creches públicas. Às particulares, foi recomendado o mesmo. Na opinião do Dr. Hélio Arthur Bacha, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, a medida é uma "decisão acertada" e que, na verdade, serve para as autoridades "ganharem tempo" para avaliar o comportamento da "pandemia".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) parou de contabilizar números de infectados. E, para Bacha, isto acontece "porque este é muito grande e não importa mais". "Agora, aqui no Brasil, começamos a fazer controle pelo número de mortes", diz. Nesta quarta-feira, 29, o total de mortes pelo influenza A (H1N1) no País chega a 58.

O médico, que também trabalha no hospital Emílio Ribas, referência nacional em infectologia, admite que a maior preocupação é com o fato desta gripe matar pessoas jovens e saudáveis.

- A influenza tipo B, por exemplo, é fora de estação, já a A é típica do inverno, pois tem frio, as pessoas se abrigam, evitam lugares ventilados. Especialmente crianças se infectam porque ficam em grandes quantidades e nem sempre estão informadas sobre como se cuidar.

Bacha explica que estudos mostram que crianças, mesmo não estando com a gripe, são grandes transmissores. "Inclusive se discute muito o fato de se vacinar a criança é proteger os idosos da contaminação".

A decisão pelo adiamento do início das aulas é consequência da orientação feita pelas Secretarias Estaduais de Saúde. As aulas devem ser retomadas apenas em 17 de agosto, quando se espera que as temperaturas estejam mais amenas.

No caso de São Paulo, 130 mil crianças, que frequentam as creches públicas, não terão para onde ir com a medida adotada pela Secretaria. Para Bacha, isto será computado como "mais um dentre os prejuízos econômicos do vírus", pois algumas dessas mães terão que se licenciar do trabalho para ficar com seus filhos. "Isto é um prejuízo grande, pois o número de crianças em creches é alto"

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